sexta-feira, 6 de julho de 2012

Obstv debate o espaço destinado à educação dado pela mídia


É consenso que a Educação é um dos problemas mais sérios enfrentados por nosso País. Como também é consenso que só com uma educação de qualidade poderemos avançar rumo a uma sociedade mais justa.
Mas, apesar disso, nossa mídia não dá ao tema o espaço necessário, nem cobra de nossas autoridades ações mais efetivas para a melhoria desse quadro. Um exemplo é a greve das universidades federais. Apesar de boa parte das instituições públicas de ensino superior estarem paralisadas, o assunto é tratado como um fato comum, corriqueiro.
O Observatório da Imprensa da próxima terça-feira vai levantar esta questão e debater como nossa mídia pode mobilizar a população e os órgãos governamentais para que este panorama seja modificado.
No estúdio do Rio de Janeiro, ao lado de Alberto Dines, o programa terá como convidado o professor da UFRJ, Muniz Sodré. E, em São Paulo, o Senador e ex-ministro da Educação, Cristovam Buarque (foto).

terça-feira, 3 de julho de 2012

A mídia brasileira no impeachemnt de Fernando Lugo

A partir das 22h de hoje, o observatório da Imprensa debate ao vivo o impeachment sofrido pelo presidente paraguaio Fernando Lugo e o posicionamento da mídia brasileira no caso. Para isso, nosso apresentador Alberto Dinescontará com a participação, diretamente de nossos estúdios no Rio de Janeiro, do correspondente da Newsweek, Mac Margolis, além do diretor do Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, Bernardo Sorj (foto).

Em São Paulo, nosso convidado é o jornalista de O Globo, Flavio Freire. Ouvimos ainda a opinião do jornalista José Roberto Burnier, correspondete da TV Globo.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Obstv discute repercusão da mídia brasileira sobre o impeachment no Paraguai

A próxima edição do Observatório da Imprensa vai debater o impeachment sofrido pelo presidente paraguaio Fernando Lugo (foto) e o posicionamento da mídia brasileira no caso.
A reação de nossa grande imprensa foi rápida. No sábado a cobertura já era consistente, mas ao lado dela apareceram editoriais resignados com a destituição votada pelo Congresso do país vizinho. O Congresso paraguaio fez um justiçamento sumário e a imprensa do poderoso vizinho não protestou.
Não seria o caso da nossa, mais tradicional e comprometida com valores democráticos, questionar ao menos a rapidez do processo? Para cobrarmos o respeito às regras do jogo democrático aqui, também não temos que chiar quando essas regras são quebradas em outros países?


quarta-feira, 27 de junho de 2012

A mídia na semana de 26/06/2012

Confira as notícias que foram destaque durante a semana, comentadas e criticadas por Alberto Dines.
A atitude tomada pela imprensa nacional no processo de impeachment de Fernando Lugo e os relatos publicados pelo Globo sobre a "Casa da Morte", em Petrópolis, foram os destaques no último programa.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sérgio Besserman e os benefícios da RIO+20

Sérgio Besserman é um de nossos convidados para o programa de amanhã, que fará um balanço geral da Rio+20. 
Confira no vídeo o depoimento do economista que acredita que a conferência pode trazer vários benefícios para a cidade do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Obstv faz balanço da Rio+20

Rio+20 continua em pauta no Observatório da Imprensa. Na próxima terça-feira, o programa faz uma análise da cobertura da imprensa na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20. Participam do programa Sérgio Besserman (foto), que atualmente ocupa a presidência da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e de Governança Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, e Sérgio Abranches, PhD, sociólogo, cientista político e analista político.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Coluna de André Trigueiro sobre a Rio+20

O Observatório da Imprensa de amanhã segue comentando a Rio+20 em mais um programa dedicado ao tema meio ambiente e mídia. Aliás, nosso convidado, o jornalista André Trigueiro, está com uma coluna no site G1, atualizando informações sobre a cúpula.
André Trigueiro com Minc

Confira aqui!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Obstv segue debatendo Rio+20

O Observatório da Imprensa entra no clima da Rio+20 e dedica mais um programa ao tema meio ambiente e mídia. Desta vez, o entrevistado de Alberto Dines é o jornalista André Trigueiro (foto).


Pós-graduado em Gestão Ambiental, Trigueiro é professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, além de autor de diversos livros sobre o tema.
No bate-papo com Dines, o jornalista destaca as ações da sociedade civil como uma forma de preservar o planeta. Também discute o papel da imprensa como colaboradora deste processo.
“Nós somos reféns do factual e precisamos de um evento, de um vazamento de óleo, de uma queimada, para discutir o tema meio ambiente”, diz o editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da GloboNews, e desde abril de 2012 repórter especial do JN para temas relacionados ao meio ambiente.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Recordar é viver-Ivan Lessa

Assista à entrevista do jornalista Ivan Lessa, falecido em 8 de junho de 2012, concedida a Alberto Dines, em julho de 2001, em Londres.Autoexilado desde 1978, Ivan falou do tempo em que viveu no Brasil e acompanhou de perto os acontecimentos da época. O programa conta com os depoimentos de Millôr Fernandes, Reinaldo e Jaguar.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

RIO+20 em pauta no próximo Obstv

O Observatório da Imprensa da próxima terça-feira, dia 12 de junho, apresentará uma entrevista especial com Washington Novaes (foto), um dos maiores nomes do jornalismo ambiental no País. Colunista dos jornais O Estado de S.Paulo e O Popular, também é consultor de jornalismo da TV Cultura, documentarista e produtor independente de televisão. Em 50 anos de carreira, notabilizou-se pelo aprofundamento em questões relacionadas ao meio ambiente.


Na conversa com Alberto Dines, Washington fala sobre o crescimento das cidades, o desafio da sustentabilidade, o papel da imprensa e as expectativas para a RIO+20, que terá início no dia seguinte à exibição do programa.

Frases de Washington Novaes:

“Eu acho que os meios de comunicação, durante muito tempo, viram as questões sobre o meio ambiente como coisa de hippies ou de profetas do apocalipse. Hoje, se tem a consciência de que é quase impossível discutir qualquer tema sem levar o meio ambiente em conta, porque tudo o que o ser humano faz causa algum impacto sobre o meio ambiente. O problema é que isso atinge interesses poderosos e a mídia fica com medo de ferir esses interesses. Então tudo isso se torna bastante complicado.”

“A comunicação tem que dar uma sequência no debate sobre o meio ambiente e não ficar cobrindo apenas fatos episódicos. Não pode ser assim.”

“Em meio a uma enorme quantidade de informações, nós precisamos estar conscientes de que, como diz um antropólogo basco, as grandes cidades começam por nos roubar o essencial, que é a visão de nossa própria sombra e o ruído de nossos próprios passos.”

terça-feira, 5 de junho de 2012

Vencedor do livro "Memórias de uma guerra suja"

No programa de hoje exibiremos uma entrevista exclusiva de Alberto Dines com o ex-delegado do DOPS Cláudio Guerra, gravada em Vitória na última semana.
A inspiração veio após o apresentador devorar "numa madrugada, sem interrupção" o livro "Memórias de uma guerra suja", tema de nosso debate no último 22 de maio.

Aproveitamos a oportunidade para divulgar que a Maianna Fernandes, de João Pessoa, vai ter a chance de devorar o livro também. Para participar de uma promoção de nosso blog ela enviou seu cometário e foi eleita pela produção do programa para ganhar um exemplar autografado do "Memórias de uma guerra suja".
Dá uma conferida na pergunta e aproveita para lembrar do último programa, porque hoje à noite tem mais memórias.

Com um livro repleto de depoimentos de crimes cometidos pelo ex-delegado, indago se tais informações foram realmente averiguada pelos jornalistas. Questiono ainda se tais declarações servem como provas jurídicas contra o delegado e os envolvidos nos crimes, e quais foram os reais motivos que levaram o ex-delegado a "desenterrar" tais histórias, já que obviamente não deve ter sido movido pela "necessidade imperiosa de 'revelá-la' [a verdade] em sua plenitude, sem ocultamento" - assim como são os fins da Comissão da Verdade.

Maianna Fernandes
João Pessoa - Paraíba


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Fotos da conversa entre Dines e Guerra


Confira abaixo em primeira mão duas fotos exclusivas da conversa que nosso apresentador Alberto Dines teve com o ex-delegado do Dops, Cláudio Guerra, em Vitória, no Espírito Santo, e que vai ao ar amanhã, a partir das 22h, na TV Brasil.


Observatório entrevista ex-delegado do DOPS, Cláudio Guerra.

Amanhã tem Observatório da Imprensa especial!

No programa desta terça-feira, Alberto Dines foi a Vitória, no Espírito Santo, para conversar com o ex-delegado do Dops Cláudio Guerra.
Esta entrevista dá continuidade ao programa do dia 22 de maio, onde tivemos a presença dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, autores do livro “Memórias de uma guerra suja”, onde Cláudio Guerra relata os assassinatos e torturas ocorridos durante a ditadura militar.
Não deixe de conferir!


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Alberto Dines comenta "Veja"

Leia abaixo a íntegra do último artigo de Alberto Dines ao site do Observatório da Imprensa:

Veja continua em cartaz. E também o seu Manual de Estilo. A matéria da edição 2271 (data de capa 30/5, pág. 62), em que revela uma suposta chantagem do ex-presidente Lula da Silva sobre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para adiar o julgamento do mensalão, é um clássico do seu repertório de denúncias.
Um repórter ou analista político da escola tradicional, pré-Facebook, teria eliminado os dois enormes parágrafos iniciais e começado no terceiro. Resultaria mais impactante. E veraz.
O enorme “nariz de cera”, além de antiquado, revela uma disposição panfletária que só os leitores muito desligados não identificarão como tentativa de indução. Aliás, desnecessária: o teor da versão do ministro Gilmar Mendes sobre o seu encontro com o ex-presidente no escritório do ex-ministro Nelson Jobim é tão surpreendente e explosivo que torna supérfluos todos os expedientes e recursos dramatizadores usados pelo semanário.
Gilmar Mendes revela uma memória prodigiosa, as frases de Lula que registrou e repassou aos repórteres de Veja indispõem o ex-presidente com três ministros da suprema corte (Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowski) e um ex-ministro também chefe da Comissão de Ética Pública da Presidência (Sepúlveda Pertence). Adicionadas à tentativa de coagir moralmente o interlocutor Gilmar Mendes, também ministro do STF, constituem inédito e inaudito aperto no Judiciário. Mesmo que Lula, sem qualquer mandato ou cargo político, seja livre para dizer o que pensa.

Reportagem, reportagem
Ouvido por Veja, o anfitrião Nelson Jobim confirmou o encontro e acrescentou que as partes da conversa que presenciou “foram em tom amigável”. Isso não está em questão. Gilmar Mendes procurou ser mais preciso ao classificá-la como “pouco republicana”, segundo o experimentado repórter político Jorge Bastos Moreno na edição do Globo de segunda-feira, 27/5 (ver “Lula e Gilmar Mendes: conversa errada, no local errado, com pessoa errada”).
Àquela altura, de acordo o mesmo repórter, Gilmar Mendes teria “tirado a toga” (isto é, soltado a franga) ao destacar o papel do araponga Dadá (o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Martins de Araujo, braço direito de Carlos Cachoeira) na operação Satiagraha.
Se trabalhasse suas matérias com um pouco mais de cuidado, Veja teria oferecido uma versão mais consistente, mais saborosa e até mais trepidante do encontro de bambas. Se não estivesse tão aflita e afoita em colocar o mensalão nas manchetes antes de iniciado o julgamento, teria refletido que um ex-presidente da República tem o direito de dizer o que bem entende. Na hora em que desejar. Não tem poderes, tampouco limitações.
O bom jornalismo tem limitações. Parafraseando Gertrude Stein e suas rosas, “reportagem é reportagem, é reportagem, é reportagem”.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A mídia na semana de 29/05/2012

Confira as notícias que foram destaque na última semana com os comentários de nosso apresentador Alberto Dines!


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Observatório entrevista psicanalista Chaim Katz

O debate do Observatório de amanhã se inspira na entrevista de Xuxa Meneghel ao Fantástico para perguntar: a mídia deve ser um espaço de desabafo para celebridades? Em que circunstância esse tipo de entrevista ou cobertura é válido?
Além dos convidados para estúdio de amanhã, o programa foi atrás da opinião de outros especialistas. Veja abaixo o depoimento de Chaim Katz sobre o assunto. 
Para o psicanalista esses momentos são importantes pois a celebridade deixa de atuar para cumprir um papel que acredita ser verdadeiro. E você, o que acha?



Confira a íntegra da entrevista de Hildegard Angel ao Obstv

Confira nos vídeos abaixo a entrevista completa de Hildegard Angel ao Observatório da Imprensa.
Jornalista, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do ativista morto pela ditadura Stuart Angel, ela comenta  sobre a Comissão da Verdade e conta de suas experiências durante a ditadura brasileira. 
Confira esse depoimento emocionado de uma das vítimas que se orgulha de nunca ter se calado e de batalhar sempre pela memória de seus parentes.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Benefícios ou malefícios: A Mídia deve servir como meio de desabafo de celebridades?

Pauta do Observatório da Imprensa da próxima semana, dia 29/05, está definido. Confira detalhes no texto abaixo:

O Observatório da Imprensa da próxima terça-feira vai analisar a repercussão da entrevista da apresentadora Xuxa ao quadro “O que vi da vida” do Fantástico, em que surpreendeu a opinião pública ao declarar que foi vítima de abuso sexual durante a infância e a adolescência. A exposição de um fato tão traumático gerou reações imediatas, tanto solidárias quanto críticas.

Nosso programa vai debater a importância de celebridades exporem questões delicadas de suas vidas pessoais nos meios de comunicação. Trata-se de uma contribuição à sociedade, fazendo com que a mídia aborde o tema e informe a população? Ou o fato pode gerar uma onda de sensacionalismo?


A mídia na semana de 22/05/2012

A entrevista de Xuxa, o SMS de Vaccarezza, a Comissão da Verdade.
Confira as notícias de destaque nessa semana, comentadas por Alberto Dines.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Imprensa 1x CPMI zero

Confira abaixo o artigo de Alberto Dines sobre o caso Cachoeira, a filmagem do SMS de Vaccarezza, a autorregulação e o papel da mídia na busca pela informação.




Imprensa 1 x CPMI zero.


Alberto Dines


Enquanto a CPMI do caso Cachoeira é desviada do seu foco e atropelada pelo revanchismo do senador Fernando Collor de Melo contra a imprensa que o derrubou, um repórter-cinegrafista do SBT escancarou com a sua câmera a armação de uma formidável pizza para blindar o governador Rio, Sérgio Cabral, e, em seguida, os seus colegas Marconi Perillo (PSDB) de Goiás e Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal.


E agora, o que dirão os corifeus antimídia? Houve violação da intimidade do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi quebrado o sigilo da correspondência, praticou-se o denuncismo marrom? O cinegrafista do SBT não forçou a entrada no recinto, olhou em volta e registrou a informação que lhe parecia relevante. Merece ganhar um prêmio de jornalismo televisivo. E um substancial aumento no salário.


O deputado Vaccarezza cometeu um triplo atentado: ao decoro parlamentar, ao idioma e, o mais grave, à busca da verdade (ver aqui o flagrante do SBT). Sofrerá alguma punição ou advertência? Avacalhou uma instituição republicana, colocou-se ao lado da corrupção (no caso das investigações sobre a empreiteira Delta) e, para salvar as aparências, pedirá para deixar a CPMI por força dos inúmeros compromissos como representante do povo. Seus pares o perdoarão.


Se o trabalho dos jornalistas tiver que passar pelo crivo dos políticos não teremos mais repórteres atuando livremente. E os Vaccarezza continuarão no ramo das blindagens.


Censura togada


É despropositada a tentativa de levar o jornalista Policarpo Jr., da Veja, para depor na CPMI, porque aparece em ligações telefônicas acertando com Carlos Cachoeira a publicação das matérias sopradas pelo contraventor. O jornalista infringiu normas deontológicas, o teor das conversas configura uma convivência e camaradagem impróprias, mas não há crime.


Já os jornalistas da News Corporation de Rupert Murdoch chamados a depor no Inquérito Leveson estavam indiciados pela polícia – e alguns com passagens pelo xilindró. Trata-se de uma diferença que precisa ser estabelecida, sobretudo em momentos de exacerbação partidária, quando neófitos em matéria de observação da mídia avançam o sinal sem importar-se com as consequências de submeter a imprensa ao furor vindicativo de políticos.


A brilhante argumentação do presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azedo, na edição televisiva deste Observatório (15/5/2012) deve ser examinada com atenção (ver “A gênese de uma aberração”). Convocar jornalistas para depor em CPIs é uma exorbitância que põe em risco a nossa fragilíssima liberdade de expressão. Não esqueçamos que hoje os mais frequentes e mais poderosos censores são os magistrados acusados de vender sentenças ou favorecer políticos. Se o Legislativo associa-se à caça aos jornalistas, nosso jornalismo está ferrado.


Acusações sem provas


É preciso reconhecer que os desempenhos recentes da revista Veja são desabonadores. Altamente desabonadores. Mesmo quando as denúncias têm consistência e produzem consequências, a postura e a linguagem da revista estão longe do que seria recomendável numa publicação qualificada.
A Folha de S.Paulo deu um piparote e derrubou Antonio Palocci sem perder a compostura. Este é o paradigma do jornalismo cirúrgico: investigar muito antes de publicar. E quando publicar uma infração não é preciso se igualar aos infratores.


Quando Veja derrubou Fernando Collor de Melo com apenas uma matéria de capa (em maio de 1992; em julho seguinte, a IstoÉ jogou a pá de cal), o ressentimento contra o caçador de marajás era tão grande que nenhum jornalista, crítico ou político teve a coragem de questionar os procedimentos relacionados com a entrevista do irmão, Pedro Collor. Temeridade sob o ponto de vista jurídico e irresponsabilidade sob o ponto de vista editorial. [Este observador comentou o assunto na coluna que então mantinha na revista Imprensa.]


O delirante irmão não apresentou provas, nem a revista deu-se ao trabalho de buscá-las. Mandou brasa. Valia tudo com o respaldo popular. Felizmente Veja acertou. E se não tivesse acertado?
Vinte anos depois da imprudente façanha, o semanário parece acostumado com a linguagem desabrida e as acusações sem provas. Esqueceu que o aval para investir contra um presidente doido e trapaceiro não valia para sempre.


Quem guarda?


Este desdobramento jornalístico do Escândalo Cachoeira comprova a urgência para a adoção de uma série de medidas autorreguladoras nos moldes do que está sendo discutido neste momento na Inglaterra no Inquérito Leveson, que investiga os crimes cometidos pela quadrilha Murdoch.
A implementação e fiscalização dos códigos de conduta não podem ficar restritas à esfera empresarial e seus inevitáveis conflitos de interesse. Jornalistas não podem ficar alheios, são os operadores da deontologia, carregam o ônus de avaliar cada palavra, ideia ou matéria que produzem.
A autorregulação da imprensa faz parte do contrato social. Ou como disse lorde Justice Leveson em 14/11/2011, na primeira audiência pública da sua comissão:


“A imprensa oferece um meio essencial para fiscalizar todos os aspectos da vida pública. Essa é a razão pela qual qualquer fracasso da mídia nos afeta tão profundamente. No coração desse inquérito, portanto, pode-se ler uma única pergunta: ‘Quem guarda os guardiões da liberdade de manifestação?’”




segunda-feira, 21 de maio de 2012

Convidados Obstv 22.05

Amanhã é dia de Observatório da Imprensa. O programa debaterá a repressão na época da Ditadura Militar tendo como base o livro "Memórias de uma guerra suja", dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros. Aliás, ambos fazem parte do time de convidados especialista para debater o tema em nossos estúdios. O primeiro participará ao vivo de Brasília, enquanto Medeiros acompanha nosso apresentador Alberto Dines no Rio de Janeiro.

Concorra a um exemplar de "Memórias de uma guerra suja" clicando na imagem


Para completar, de São Paulo teremos a opinião de Rose Nogueira, também Jornalista e presidente do Tortura Nunca Mais, grupo formado inicialmente por ex-presos políticos.

Rose Nogueira

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Promoção livro "Memórias de uma guerra suja"

O Observatório da próxima terça-feira aproveita o momento em que a Comissão da Verdade começa a atuar para debater o livro “Memórias de uma guerra suja", dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros.
Aproveitando o compromisso assumido do programa de propagar a verdade, estaremos oferecendo um exemplar do livro, cedido pelos autores.
Para concorrer, basta enviar seu comentário ou pergunta sobre a pauta do próximo programa. A equipe do Observatório irá votar na pergunta mais criativa para receber o prêmio. 
Os comentários também podem ser lidos ao vivo no programa da próxima terça-feira. Por isso não deixe de assistir !

Não esqueça de deixar seu Twitter para entrarmos em contato com você!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

"Memórias de uma guerra suja" - Obstv 22.05

A pauta do Observatório da Imprensa da próxima semana já está definida: falaremos sobre o livro "Memórias de uma guerra suja". Confira abaixo detalhes.

No momento em que a Comissão da verdade começa a investigar as lacunas deixadas pela repressão durante a ditadura militar, o Observatório da Imprensa vai falar sobre o livro “Memórias de uma guerra suja”, escrito pelos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros. O livro traz relatos do ex-delegado do DOPS, Cláudio Guerra, sobre alguns dos acontecimentos mais marcantes das décadas de 70 e 80 como as bombas do Riocentro, o assassinato do jornalista Alexandre Von Baumgarten, a morte do delegado Sérgio Fleury, e o extermínio de presos políticos. Um trabalho jornalístico relevante e um documento que poderá servir de combustível para a Comissão da Verdade.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A mídia na semana

Obama, Comissão da Verdade e o assassinato de jornalistas no México, em meio a guerra do tráfico.
Confira as notícias de destaque dessa semana, comentadas pelo jornalista Alberto Dines.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Confira os convidados do programa de hoje

O Observatório de hoje se inspira nos múltiplos debates em torno do caso Cachoeira para discutir o jornalismo fiteiro e a necessidade de uma autorregulação na mídia brasileira.
Convidamos para o programa três jornalistas de calibre. Confira os nomes:


Maurício Azêdo-  Iniciou sua trajetória em jornais comunistas. Foi repórter, redator, cronista e editor em publicações como Jornal do Commercio, Diário Carioca, Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, Última Hora, Realidade, Placar, Manchete, Fatos & Fotos, O Dia, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo. Foi também colaborador de jornais alternativos de resistência à ditadura militar, como Folha da Semana, Opinião e Movimento. Em 2004, elegeu-se presidente da Associação Brasileira de Imprensa.






Venicio Lima jornalista, sociólogo, mestre, doutor e pós-doutor pela Universidade de Illinois; pós-doutor pela Universidade de Miami; professor-titular de Ciência Política e Comunicação aposentado da Universidade de Brasília; fundador e primeiro coordenador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da UnB.




Maria Cristina Fernandes- Editora de Política e colunista do Valor Econômico desde a fundação do jornal em maio de 2000.
Integrou a equipe que fundou a revista "Época", publicação da qual foi repórter especial. Foi editora de Política da "Gazeta Mercantil", subeditora da revista "Veja" e repórter do "Jornal do Comércio".
É formada em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e em História pela Universidade Federal de Pernambuco. É mestre em Política Comparada pela Universidade de Paris I e em Política Latino-Americana pela Universidade de Londres.


Quer deixar uma pergunta para algum dos convidados? Deixe aqui seu comentário e participe do debate.




sexta-feira, 11 de maio de 2012

Alberto Dines te convida para o Obstv de 15.05

Confira aqui com exclusividade os primeiros comentários de Alberto Dines sobre o OBSTV da semana que vem, sobre `Jornalismo Fiteiro`. 

A mídia na semana

Crimes da ditadura, CPI do Cachoeira e as fotos de Carolina Dickman. 
Confira o que foi destaque na mídia nessa semana, com os comentários de Alberto Dines.



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Artigo Alberto Dines - "Fontes corruptas são corruptoras; submeter-se a governos é aceitar suborno"

Leia último artigo de Alberto Dines sobre o 'Caso Cahoeira', entenda um pouco mais da relação inescrupulosa entre alguns jornalísticas antiéticos com fonte corruptas portadoras de informações privilegiadas e muito mais.


Artigo!

Capa da Carta Capita sobre o escândalo envolvendo Carlos Cachoeira

Esse será o tema do próximo Observatório da Imprensa, no dia 15/05: jornalistas que se corrompem em busca de uma notícia bombástica. Confira abaixo detalhes da pauta:

A mídia sempre foi uma entusiasmada parceira e beneficiária dos arapongas (públicos ou privados) produtores de fitas, vídeos e dossiês secretos. O Observatório da Imprensa da próxima terça-feira, 15 de maio, vai debater a promiscuidade entre jornalistas, corruptos e corruptores.
O Caso Cachoeira é mais um que teve como combustível gravações de telefonemas comprometedores entre seus implicados. Desta vez, as gravações partiram da Polícia Federal, mas nem sempre a fonte é tão confiável.
Há mais de uma década, o Observatório usa a expressão “jornalismo fiteiro”, inspirado nessa dobradinha em que a fonte oferece bombásticas revelações desde que o jornalista privilegiado garanta não apenas o seu anonimato, mas também uma cortina de fumaça sobre os procedimentos que envolveram o vazamento das denúncias.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Entrevista com historiador Carlos Fico

O acesso aos arquivos da ditadura está no cerne da questão da Lei de Acesso à Informação.
Confira no vídeo abaixo uma entrevista com Carlos Fico. O historiador explica a razão pela qual a ditadura no Brasil, apesar de amplamente documentada, nunca ter sido propriamente revelada.



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Convidados e entrevistados para o Observatório de 08.05

O Observatório da Imprensa de amanhã debate, a partir das 22h, a Lei de Acesso à Imprensa (veja aqui detalhes da pauta). Por ora, temos três convidados confirmados. Em São Paulo estará a advogada Paula Martins, do Artigo 19.
Já em Brasília, teremos outros dois: Fernando Rodrigues (foto), repórter e colunista da Folha de S. Paulo, e Jorge Hage, Ministro-chefe da Controladoria-Geral da União.



Já temos também, até o momento, sonoras gravadas com Gil Castello Branco, economista, fundador e Secretário Geral do Contas Abertas; Chico Otávio, repórter de O Globo; Carlos Fico, professor do Instituto de História da UFRJ; e Roberto Da Matta, professor da PUC/RJ.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Vencedor promoção "Filho Teu Não Foge À Luta"

Encerramos a Promoção “Filho Teu Não Foge À Luta”, livro sobre os lutadores brasileiros de MMA, escrito pelo jornalista Fellipe Awi. E hoje divulgamos o vencedor: é Sidnei Moura (@sidneimoura), morador de São Carlos-SP!
Confira abaixo o comentário campeão:
“É notório o crescimento da modalidade esportiva do MMA que popularizou-se no país através da participação de esportistas brasileiros e coberturas de emissoras de TV e outras modalidades da imprensa do maior evento desta modalidade esportiva, o UFC.
Ao dar visibilidade a esta nova modalidade a imprensa provoca no mínimo 3 discussões a respeito: a visibilidade do esporte, o estímulo a aspirantes e a polêmica em torno da excessiva violência praticada nos octógonos.
Enquanto quarto poder, a imprensa populariza a modalidade mostrando a outras pessoas a competitividade e as oportunidades de negócio e renda oferecidos provocando uma polêmica discussão principalmente entre as famílias - o que talvez seja o fator mais complicado de toda essa história. No entanto, com o tempo a imprensa será responsável em moldar a opinião e formar novos pontos de vista sobre o tema, e nesse aspecto a imprensa é comprovadamente eficaz.”


Sidnei, entre em contato conosco pelo Twitter, mandando via DM endereço completo para que possa receber em casa sua edição do livro.
Parabéns!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Observatório debate a lei de acesso à informação

A Lei de Acesso à Informação, que tem como objetivo proporcionar a qualquer cidadão o direito de
requerer informações do poder público, entra em vigor no próximo dia 16 de maio.
A lei fixa regras, prazos e instrumentos de fiscalização para garantir o direito de acesso à
informação, mas a pergunta é: o país está pronto para fazer esta lei valer ou ela está fadada a não sair do papel?

Dilma Roussef após sancionar lei de acesso à informação.

Em um país com tantos casos de corrupção, essa transparência seria bastante saudável, mas
jornalistas, que vivem em busca de dados governamentais, sabem o quanto é difícil conseguir
informações dos Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – seja nas esferas federal, estadual,
distrital ou municipal. Além disso, há a polêmica das informações consideradas sigilosas.
O Observatório da Imprensa da próxima terça-feira vai abordar o tema e debater a eficácia da lei.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Destaques da mídia na semana

O arranca-rabo no STF e a morte do jornalista Décio Sá, no Maranhão.
Confira os destaques da mídia nessa semana, comentados por Alberto Dines.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mídia e Pré-Sal: gravamos hoje no petroleiro José Alencar!

A produção do Observatório da Imprensa, juntamente com nosso apresentador Alberto Dines, se "aventurou" hoje no petroleiro José Alencar, que está sendo construído no estaleiro Mauá, em Niterói. Tudo em prol do jornalismo.
 
Gravamos passagens com o Dines no alto do petroleiro para o programa da próxima terça-feira, sobre "Mídia e o Pré-Sal". Toda a equipe foi erguida por um guindaste a mais de 40 metros de altura
 
Confira abaixo uma galeria de fotos:
 



 

A seguir, confira o texto completo com a pauta do próximo Observatório, do dia 01/05:

O Observatório da Imprensa quer discutir como o Pré-sal, um dos vetores do desenvolvimento nacional, pode ser direcionado para o fortalecimento da mídia local e regional.

A imprensa é uma processadora de riquezas; ao distribuir o conhecimento, estimula o empreendedorismo local e o Pré-sal não pode ser visto apenas como um projeto de exploração petrolífera, e sim como uma alavanca para o desenvolvimento integrado.

A questão central pode ser resumida no exemplo americano: a grande imprensa é a principal beneficiária da imprensa regional. Uma imprensa efetivamente comunitária cria comunidades voltadas para a defesa dos seus interesses.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Conheça os convidados do debate de hoje.


O Observatório da Imprensa de hoje debate a decisão do STF sobre a liberação do aborto para fetos anencéfalos.  Será discutido em que aspectos essa decisão pode ser considerada histórica e qual o papel da mídia, que cobriu com destaque o caso mas silencia sobre outros tipos de aborto.
Para conversar com Alberto Dines estarão presentes  nos estúdios da TV Brasil hoje:

Jacira Vieira de Melo-Especialista em comunicação social e política nas perspectivas de
gênero e raça. Graduada em Filosofia pela Universidade de São Paulo, é
mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes
da USP. É empreendedora social da Rede Mundial Ashoka e diretora
executiva do Instituto Patrícia Galvão – Mídia e Direitos.



Nilcéa Freire e Jacira Melo no seminário "A Mulher e a Mídia"



Nilcéa Freire- Representante da Fundação Ford no Brasil. Ocupou o cargo de Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres no governo Lula de 2004 até dezembro de 2010. Graduada em Medicina
pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Nilcéa foi por 30 anos professora de FCM-UERJ onde além doexercício docente, ocupou diferentes cargos na administração daUniversidade, incluindo um mandato de 4 anos como reitora.

Roseli Fischmann é doutora em Filosofia e História da Educação pela Universidade de São Paulo(USP), onde atua desde 1975. 

Estuda a tolerância e o combate à discriminação, em particular religiosa e o racismo, sendo pesquisadora do CNPq para o tema do Estado Laico. Coordena o Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Observatório debate na próxima terça o papel da imprensa na decisão do STF sobre aborto

O Observatório da Imprensa da próxima terça-feira (24/04) vai debater o papel da imprensa sobre a decisão do STF, que liberou o aborto para o caso de fetos anencéfalos.
Mas sobre os outros tipos de aborto, a mídia preferiu silenciar. Medo da reação de grupos religiosos, da opinião pública ou conservadorismo puro e simples?
Pela Constituição, o Brasil é um Estado laico, mas muitos são os temas tabu em que os interesses religiosos se sobrepõem às questões do Estado. Como isso pode mudar e qual o papel da imprensa neste quadro?
Para debater esse delicado tema temos como convidados, em São Paulo, o filósofo Roberto Romano (foto) e Jacira Vieira de Melo, do instituto Patrícia Galvão. Já no Rio de Janeiro, a médica Nilcéia Freire.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A mídia na semana

Confira no vídeo abaixo algumas das principais notícias veiculadas na última semana, comentadas por Alberto Dines.




terça-feira, 17 de abril de 2012

Promoção "Mídia e UFC": concorra a um exemplar de "Filho Teu Não Foge à Luta"

O Observatório da Imprensa tem como tema hoje “Mídia e UFC”. Assim, daremos um livro “Filho Teu Não Foge à Luta”, do jornalista do Sportv Fellipe Awi, que não poderá participar do programa logo mais.
Para concorrer ao presente, basta comentar nesta postagem com uma frase sobre o assunto do Observatório de hoje, dando sua opinião sobre a cobertura que a imprensa tem dado ao crescimento do MMA no País. Não há limites de palavra. Seja criativo!
Concorra a um exemplar do livro do jornalista Fellipe Awi
Não esqueça de nos seguir no Twitter - @obstv - e, no comentário, deixar claro o seu próprio Twitter. É por lá que pegaremos os dados do vencedor da promoção!

Observatório da Imprensa debate as diferentes abordagens da imprensa ao UFC


A partir das 22h tem Observatório da Imprensa ao vivo e inédito na TV Brasil. Debateremos hoje o crescimento e popularização do MMA no Brasil, graças à chegada de torneios do UFC em solo tupiniquim e como a imprensa tem abordado o assunto. O principal campeonato da modalidade, inclusive, já emplacou um reality-show na TV Globo. Por outro lado, por exemplo, a rival Record tem feito matéria contrárias ao esporte.

Além do apresentador Alberto Dines, temos outros três convidados para participar dessa discussão. No Rio de Janeiro, os jornalistas do Lance!, Roberto Assaf (foto), e do Combate e Sportv, Luciano Andrade, que tamb[em foi o reoteirista do programa “Lendas do UFC”, do Multishow. Já em São Paulo, o convidado é o comentarista dos canais ESPN, José Trajano.



Para participar do programa, deixe seu comentário. E não esqueça de nos seguir no Twitter - @obstv - e curtir nossa página no Facebook!



P.S.: Confira o ultimo artigo de Alberto Dines, publicado no site do Observatório, "O Santo Ofício Volta ao Recife":
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_santo_oficio_volta_ao_recife
A seguir, breve trecho do artigo:

Como qualquer capitão da indústria, o dono de um jornal – ou seus prepostos – tem o direito de interromper a compra de artigos de um colunista. Afinal, os jornalistas são no Brasil majoritariamente PJ (pessoas jurídicas), meros vendedores de produtos e serviços. Portanto, sujeitos às leis do mercado e, sobretudo, aos humores, idiossincrasias e preconceitos daqueles que os adquirem.
Enquanto fornecedor de um “produto”, este observador não teria o direito de espernear se um eventual comprador de seus artigos interrompesse o fornecimento. Mas a anulação do contrato que mantinha com o Jornal do Commercio do Recife para o fornecimento de um texto semanal, aos fins de semana, adquiriu tamanha semelhança com um ato censório que omiti-la seria um desserviço aos leitores crentes no compromisso democrático dos jornais brasileiros.
Em 13 de março, este observador recebeu uma lacônica comunicação da administração do Sistema Jornal do Commercio informando que dentro de 30 dias se procederia ao “distrato”. Curiosamente, no início do ano o jornal havia determinado o reajuste anual dos vencimentos segundo os índices de inflação. O afastamento não tinha motivação econômica, as contas da empresa não poderiam ter-se deteriorado com tamanha velocidade.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Observatório entrevista: Paula Sack

A jornalista Paula Sack, jornalista com anos de experiência  na cobertura de eventos do MMA e musa do UFC, falou ao Observatório da Imprensa. 
Na entrevista, entre outras coisas, ela reage às críticas contra a luta e defende que o octógono é espaço para um esporte como muitos outros.
Você concorda?